Patentes e registro sanitário de vacinas antimeningocócicas sorogrupo B no Brasil: aspectos importantes para a regulação e o controle

  • Claudia Maria da Conceição Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Departamento de Química, Setor de Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
  • Filipe Soares Quirino da Silva Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Departamento de Química, Setor de Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
  • Angélica Inês da Silva Agência Nacional de Vigilância Sanitária
  • Anna Carolina Machado Marinho Fundação Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia de Imunobiológicos, Manguinhos, RJ
  • José Godinho da Silva Júnior Fundação Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia de Imunobiológicos, Manguinhos, RJ
  • André Luis Gemal Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Departamento de Química, Setor de Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
Palavras-chave: patentes, controle sanitário, vacinas meningocócicas

Resumo

As vacinas são um dos instrumentos mais importantes para a saúde pública. O registro sanitário é uma das ferramentas que a vigilância sanitária dispõe para controlar a entrada de todos os medicamentos e constitui a base das informações sobre eles para o Sistema de Vigilância Sanitária. No caso da meningite meningocócica, doença causada pela bactéria Neisseria meningitidis (Nm), várias vacinas foram desenvolvidas inicialmente contra os sorogrupos A, C, W135 e Y, utilizando-se os polissacarídeos capsulares. Pelo fato de o antígeno polissacarídico do sorogrupo B não induzir boa resposta imunológica em seres humanos, outras estratégias vacinais foram testadas. O objetivo deste trabalho foi mapear as patentes de produtos vacinais contra o sorogrupo B, depositadas no período de 1990 a 2005, e comparar esses pedidos com as vacinas registradas. O levantamento dos pedidos de patentes foi realizado utilizando-se as bases de dados eletrônicos do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e do Escritório de Patentes Europeu (EPO), a partir de janeiro de 1995. Várias patentes solicitaram proteção dos antígenos presentes em vacina já registrada, o que não caracteriza inovação. Os maiores depositantes de patentes são as multinacionais, o que mostra a necessidade de incremento dessa pesquisa aplicada por instituições brasileiras.
Publicado
2012-12-01
Como Citar
Conceição, C. M. da, Silva, F. S. Q. da, Silva, A. I. da, Marinho, A. C. M., Silva Júnior, J. G. da, & Gemal, A. L. (2012). Patentes e registro sanitário de vacinas antimeningocócicas sorogrupo B no Brasil: aspectos importantes para a regulação e o controle. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 71(4), 615-623. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32474
Seção
ARTIGO ORIGINAL