Considerações em torno da cultura da Endameba histolitica

  • José da Silva Costa Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP

Resumen

É possível a obtenção de cultura de Endameba histolitica em meio preparado a partir dos soros de boi, cavalo, carneiro ou de coelho. A adição a esses meios, de uma pequena parcela de coágulo de sangue de boi, previamente aquecido, enriquece grandemente as primo-culturas, o mesmo acontecendo com os repiques, quando ao meio se adiciona fragmentos de soro coagulado de cavalo, suspensos em soro fisiológico. Os meios de cultura por nós preparados e alguns apenas modificados, prestam-se não só às culturas iniciais de Endameba histolitica, partindo de cistos isolados de fezes, como também ao repique das formas vegetativas já desenvolvidas. Pelos repiques sucessivos obtêm-se culturas de Endameba histolitica razoavelmente puras e com um número tal de unidades vegetativas que poderá atingir numa gota de material, a cifra de 140 por campo microscópico (obj. 40, oco 3b). Dada a sua facilidade, este método cultural apresenta-se vantajoso sempre que houver dúvidas referentes à identificação direta dos cistos de amebas. É possível obter-se de culturas ricas, a Endameba histolitica em estado seco. Este pó de Endameba histolitica presta-se à preparação de um antígeno para reações de fixação do complemento, mais puro e ativo e sem o cheiro repugnante característico das preparações semelhantes até então conhecidas.
Publicado
1943-01-12
Cómo citar
Costa, J. da S. (1943). Considerações em torno da cultura da Endameba histolitica. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 3(1), 96-111. Recuperado a partir de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33114
Sección
ARTIGO ORIGINAL