Penicilina G-procaína na operação cesárea: níveis sanguíneos e ação terapêutica

  • R Neme Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, São Paulo, SP
  • Hassib Ashcar Instituto Adolfo Lutz, São Paulo, SP

Resumo

Os autores ressaltam as vantagens da penicilinoterapia por doses maciças com aplicações a longos intervalos, salientando a facilidade de aplicação e a tolerância das pacientes em receberem a droga para fins profiláticos. Observaram a ação terapêutica em dez operações cesáreas realizadas na Clínica Obstétrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Serviço do Prof. Raul Briquet), onde seu emprego para fins profiláticos é de regra. Controlaram os níveis sanguíneos obtidos em dosagens praticadas no Instituto "Adolfo Lutz ", de São Paulo, utilizando-se do método biológico das diluições seriadas em tubo, descrito por Fleming (1942). Os autores concluem:a) A penicilinoterapia por doses maciças com aplicações a longos intervalos tem ação terapêutica evidente; b) Os níveis sanguíneos constatados permitem afirmar que a penicilinoterapia por doses maciças com aplicações a longos intervalos produz níveis sanguíneos constantes como a penicilinoterapia por doses moderadas aplicadas a intervalos curtos; c) A associação da penicilina cálcica à penicilina G – procaína promove absorção mais rápida e concentração mais elevada que a penicilina G - procaina isoladamente; d) A rapidez de absorção da penicilina cálcica associada à penicilina G - procaína dispensa a associação terapêutica por via venosa.
Publicado
1949-01-24
Como Citar
Neme, R., & Ashcar, H. (1949). Penicilina G-procaína na operação cesárea: níveis sanguíneos e ação terapêutica. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 9(1-2), 95-114. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33188
Seção
ARTIGO ORIGINAL