Nanoformulações de antimônio pentavalente encapsuladas em lipossomos contendo fosfatidilserina demonstram maior eficácia contra Leishmaniose Visceral experimental

  • André Gustavo Tempone Instituto Adolfo Lutz, Serviço de Parasitologia, São Paulo, SP
  • Heitor Franco de Andrade JR. Universidade de São Paulo, Instituto de Medicina Tropical, São Paulo, SP
Palavras-chave: Leishmania, terapia, lipossomos, fosfatidilserina, antimônio, nanoformulações

Resumo

A Leishmaniose é uma doença tropical endêmica que afeta principalmente países em desenvolvimento. O arsenal terapêutico da Leishmaniose é muito restrito e altamente tóxico, tendo como base o uso dos sais de antimônio. Os fármacos de segunda escolha como a anfotericina B e a pentamidina também apresentam elevada toxicidade e, assim, nenhuma terapia recente é efetiva contra Leishmania spp. Lipossomos são sistemas carreadores de fármacos, que podem direcionar altas doses a células alvo. No presente trabalho foi desenvolvida uma nova formulação lipossomal com o objetivo de direcionar o antimônio pentavalente aos macrófagos infectados com Leishmania (L.) chagasi, por meio da interação com receptores scavengers in vivo. A formulação de antimônio lipossomal demonstrou elevada eficácia in vivo, reduzindo 133 vezes a dose total de antimônio administrada, com diminuição de 100% da carga parasitária do fígado na dose de 0,75 mg/kg. Estudos em microscopia eletrônica de transmissão revelaram uma formulação estável e de aspecto oligolamelar. Estudos do potencial zeta demonstraram carga negativa acoplada à superfície dos lipossomos, derivada da adição de fosfatidilserina. Esta nova abordagem vem contribuir no estudo de novas formulações lipossomais para redução da toxicidade de fármacos no tratamento da Leishmaniose.
Publicado
2008-04-01
Como Citar
Tempone, A. G., & Andrade JR., H. F. de. (2008). Nanoformulações de antimônio pentavalente encapsuladas em lipossomos contendo fosfatidilserina demonstram maior eficácia contra Leishmaniose Visceral experimental. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 67(2), 131-136. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32780
Seção
ARTIGO ORIGINAL