Contaminação fúngica em chás de camomila, erva-doce e erva-mate

  • Suzana Carvalho Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico, Departamento de Patologia Básica, Setor de Ciências Biológicas, Curitiba, PR
  • Rodrigo Makowiecky Stuart Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico, Departamento de Patologia Básica, Setor de Ciências Biológicas, Curitiba, PR
  • Ida Chapaval Pimentel Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico, Departamento de Patologia Básica, Setor de Ciências Biológicas, Curitiba, PR
  • Patrícia do Rocio Dalzoto Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico, Departamento de Patologia Básica, Setor de Ciências Biológicas, Curitiba, PR
  • Juarez Gabardo Universidade Federal do Paraná, Departamento de Genética, Curitiba, PR
  • Maria Aparecida Cassilha Zawadneak Universidade Federal do Paraná, Centro Politécnico, Departamento de Patologia Básica, Setor de Ciências Biológicas, Curitiba, PR
Palavras-chave: Chamomilla recutita, Pimpinella anisum, Ilex paraguariensis, fungos micotoxigênicos

Resumo

A avaliação da qualidade microbiológica de produtos armazenados, utilizados como plantas medicinais, é fundamental para garantir a segurança alimentar, em função do potencial micotoxigênico apresentado por algumas espécies de fungos. No presente trabalho foram realizados o isolamento, a quantificação e a identificação de fungos potencialmente produtores de micotoxinas em amostras de chás de camomila (Chamomilla recutita L.), erva-doce (Pimpinella anisum L.) e erva-mate (Ilex paraguariensis St.-Hil.), adquiridas em estabelecimentos comerciais da cidade de Curitiba, PR, Brasil. As amostras foram analisadas nas formas de infusão fria, de infusão tradicional e decocção. Não houve diferenças significativas nos valores de UFC/g nas amostras de camomila, erva-mate e erva-doce analisadas na forma de infusão. Foram observadas diferenças significativas em amostras de camomila e erva-doce em forma de infusão fria em relação às demais formas de processamento de amostras , contudo essas não foram evidentes nas amostras de erva-mate. Os principais gêneros de fungos isolados das amostras analisadas foramAspergillus sp (35,9%); Penicillium sp (9,4%); Fusarium sp (0,21%); Rhizopus sp (11,5%), Ulocladium sp (18,4%) e Mycelia sterilia (6,84%). Entre os fungos potencialmente toxigênicos, o Aspergillus sp foi o mais frequente nos três tipos de chás, seguido de Penicillium sp e Fusarium sp. Considerando que os fungos com potencial micotoxigênico persistem mesmo após a infusão ou cocção, recomenda-se que estratégias sejam desenvolvidas para garantir a qualidade e a segurança alimentar dos produtos consumidos pela população.
Publicado
2009-01-01
Como Citar
Carvalho, S., Stuart, R. M., Pimentel, I. C., Dalzoto, P. do R., Gabardo, J., & Zawadneak, M. A. C. (2009). Contaminação fúngica em chás de camomila, erva-doce e erva-mate. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 68(1), 91-95. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32747
Seção
ARTIGO ORIGINAL