Salmonella Enteritidis: importância do inquérito epidemiológico, análise de alimentos e coprocultura na elucidação de 167 surtos alimentares

  • Marisa Simões Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de Campinas, Núcleo de Ciências Químicas e Bromatológicas, Laboratório de Microbiologia de Alimentos, Campinas, SP
  • Marilu Mendes Moscardini Rocha Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de Campinas, Núcleo de Ciências Biomédicas, Laboratório de Bacteriologia Médica, Campinas, SP
  • Beatriz Pisani Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de Campinas, Núcleo de Ciências Químicas e Bromatológicas, Laboratório de Microbiologia de Alimentos, Campinas, SP
  • Maria Ângela Garnica Prandi Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de Campinas, Núcleo de Ciências Químicas e Bromatológicas, Laboratório de Microbiologia de Alimentos, Campinas, SP
  • Eneida Gonçalves Lemes-Marques Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de Campinas, Núcleo de Ciências Biomédicas, Laboratório de Bacteriologia Médica, Campinas, SP
Palavras-chave: Salmonella Enteritidis, inquérito epidemiológico, salmonelose, diarreia, surtos

Resumo

A infecção humana por Salmonella Enteritidis está associada ao consumo de ovos crus ou mal cozidos e seus derivados e, a partir de 1993, emergiu como um problema de saúde pública no Brasil. Neste trabalho foram analisados os surtos por S. Enteritidis ocorridos entre os anos de 1995 e 2008 na região sudeste do Estado de São Paulo, bem como a importância da elaboração do inquérito epidemiológico para a sua elucidação. A análise conjunta de dados resultantes de análises de alimentos, coprocultura e dos inquéritos recebidos pelo laboratório mostrou a ocorrência de 167 surtos positivos para S. Enteritidis, dos quais foram obtidos 59 (35,3%) inquéritos epidemiológicos. Do total de surtos, 48 (28,7%) foram elucidados somente pela análise de alimentos; 25 (15%) pela análise de alimentos e coprocultura, e 94 (56,3%) somente por coprocultura. Dentre os alimentos envolvidos nos surtos, o mais frequente foi a maionese caseira (58,2%). Verifica-se a continuidade no desconhecimento da população em relação ao consumo de alimentos que contenham ovos crus ou mal cozidos e a necessidade de introduzir melhorias na investigação epidemiológica dos surtos, para que se possa identificar a fonte de infecção no maior número possível dessas ocorrências.
Publicado
2010-04-01
Como Citar
Simões, M., Rocha, M. M. M., Pisani, B., Prandi, M. Ângela G., & Lemes-Marques, E. G. (2010). Salmonella Enteritidis: importância do inquérito epidemiológico, análise de alimentos e coprocultura na elucidação de 167 surtos alimentares. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 69(4), 497-502. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32607
Seção
ARTIGO ORIGINAL

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