Avaliação dos níveis de histamina em sardinhas frescas comercializadas na CEAGESP de São Paulo

  • R.B. Moreno Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo – USP

Resumo

O pescado é uma fonte importante de proteínas, vitaminas e minerais, porém tem rápida deterioração, no qual enzimas descarboxilantes produzidas por bactérias formam as aminas biogênicas. A mais estudada é a histamina, por causar intoxicações após o consumo de peixes com alto teor dessa substância. Portanto, em 1997, a quantificação desta amina biogê- nica em pescado, por servir como índice químico de qualidade, passou a fazer parte do quadro de análises preconizadas pela vigilância sanitária. Justifica-se o estudo em razão da falta de dados relevantes sobre esse índice nos pescados comercializados em São Paulo. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar os níveis de histamina em pescado fresco como índice de qualidade, aplicando a técnica oficial recomendada pela legislação brasileira (método fluorimétrico). O estudo foi realizado em amostras de sardinha verdadeira (Sardinella brasiliensis), espécie marinha de peixe da família Clupeidae, comercializada na CEAGESP na cidade de São Paulo, que foram limpas, tendo seus filés triturados, homogeneizados e as análises realizadas imediatamente após coleta, perfazendo um total de 40 amostras, sendo cada uma analisada em triplicata. A análise de histamina foi feita pelo método fluorimétrico, recomendado pela AOAC (2000). Verificou-se que as concentrações de histamina quantificadas nas amostras, com média de 4,14 ± 1,92 mg de histamina livre por 1000 g de amostra, foram mais baixas do que o limite estabelecido pela legislação brasileira, que é de 100 mg de histamina livre por 1000 g de pescado. Quanto ao método utilizado para a análise, constatou-se ser este satisfatório para a rotina laboratorial. Com relação aos teores de histamina, concluiu- se que para este conjunto de amostras de sardinhas frescas coletadas para análise, os níveis de histamina obtidos estavam dentro do limite permitido pela legislação brasileira e, segundo a literatura, considerados não-tóxicos.  
Publicado
2021-04-15
Como Citar
Moreno, R. (2021). Avaliação dos níveis de histamina em sardinhas frescas comercializadas na CEAGESP de São Paulo. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 60(1), 93-96. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/35428
Seção
RESUMOS DE TESES E DISSERTAÇÕES