Nota sobre o ciclo evolutivo de Triatoma infestans Klug, 1834 (Hemiptera – Reduviidae) alimentados em ratos e sangue de ratos desfibrinado

  • Ana Maria MARASSÁ Instituto Adolfo Lutz - SP - Laboratório de Parasitoses Sistêmicas
  • Benedito Carlos PREZOTO Instituto Butantan – SP - Laboratório de Farmacologia
  • Lídia Mara CAETANO Bolsista da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP)
Palavras-chave: Triatoma infestans; alimentação; ciclo evolutivo; veneno de Lonomia obliqua.

Resumo

Estudou-se, em laboratório, o desenvolvimento de Triatoma infestans alimentados em duas diferentes fontes sangü.neas. Foram formados dois grupos com ninfas recém-eclodidas: sendo alimentados em ratos (Grupo 1) e em sangue de ratos que receberam de veneno de Lonomia obliqua (inibidor da coagulação sangü.nea) (Grupo 2). Os insetos foram mantidos em estufa a 26° ± 2°C com UR 60-80%. As médias de duração em dias do ciclo evolutivo foram maiores para o Grupo 1 nos estádios I, II e III, entretanto no estádio V foi maior no Grupo 2. Ao comparar-se os dois grupos verificou-se que não apresentaram diferenças significativas na duração do ciclo evolutivo e no percentual de mortalidade, concluindo-se que a quantidade de veneno utilizada como anticoagulante parece não alterar o ciclo evolutivo dessa espécie.  

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Publicado
2001-06-29
Como Citar
MARASSÁ, A. M., PREZOTO, B. C., & CAETANO, L. M. (2001). Nota sobre o ciclo evolutivo de Triatoma infestans Klug, 1834 (Hemiptera – Reduviidae) alimentados em ratos e sangue de ratos desfibrinado. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 60(1), 85 - 87. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/35178
Seção
COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA