Qualidade da água em escolas públicas municipais: análise microbiológica e teor de nitrato em Araçatuba, estado de São Paulo – Brasil

  • Débora Regina Romualdo da SILVA Universidade Paulista – UNIP, Campus de Araçatuba.
  • Marilene Oliveira dos Santos MACIEL Centro Laboratorial Regional de Araçatuba, Instituto Adolfo Lutz, Araçatuba, SP, Brasil
  • Barbara Braga Ferreira MARTA Centro Laboratorial Regional de Araçatuba, Instituto Adolfo Lutz, Araçatuba, SP, Brasil
  • Teresa Marilene BRONHARO Centro Laboratorial Regional de Araçatuba, Instituto Adolfo Lutz, Araçatuba, SP, Brasil
  • Aparecida de Fátima MICHELIN Centro Laboratorial Regional de Araçatuba, Instituto Adolfo Lutz, Araçatuba, SP, Brasil
Palavras-chave: abastecimento de água, qualidade da água, creches, saúde

Resumo

A potabilidade da água de consumo em escolas públicas de Ensino Infantil do município de Araçatuba/SP foi avaliada procedendo-se à pesquisa de coliformes totais, de Escherichia coli e ao teor de nitrato em amostras coletadas, nos seguintes pontos: cavalete de distribuição da rede pública ou de poço; torneira da cozinha e bebedouro. Das 25 escolas analisadas, 12% não atenderam aos padrões de potabilidade da água perante parâmetro microbiológico; entretanto, quanto ao nível de nitrato, todas as amostras apresentaram resultados dentro do Valor Máximo Permitido pela legislação vigente. Os dados obtidos sugerem correlação positiva entre a concentração de nitrato e o NMP de coliformes totais. A presença de coliformes totais e de E. coli, especialmente em escolas da zona rural, cuja a água é proveniente de poço, aponta a necessidade da implantação de medidas de saneamento da água em escolas públicas de Educação Infantil do município de Araçatuba, SP.

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Publicado
2018-03-29
Como Citar
SILVA, D. R. R. da, MACIEL, M. O. dos S., MARTA, B. B. F., BRONHARO, T. M., & MICHELIN, A. de F. (2018). Qualidade da água em escolas públicas municipais: análise microbiológica e teor de nitrato em Araçatuba, estado de São Paulo – Brasil. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 77, 1-8. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/34178
Seção
ARTIGO ORIGINAL