Aspectos epidemiológicos da esquistossomose em área do sudoeste de Minas Gerais, Brasil

  • Raquel Lopes Martins Souza Universidade Federal de Alfenas, Instituto de Ciências Biomédicas, Departamento de Patologia e Parasitologia, Alfenas, MG
  • Cybele Gargioni Instituto Adolfo Lutz Central, Centro de Parasitologia e Micologia, Núcleo de Enteroparasitas, São Paulo, SP
  • Rosângela Vieira Siqueira Universidade Federal de Alfenas, Instituto de Ciências Biomédicas, Departamento de Patologia e Parasitologia, Alfenas, MG
  • Rita Maria da Silva Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de Rio Claro, Rio Claro, SP
  • Pedro Luiz Silva Pinto Instituto Adolfo Lutz Central, Centro de Parasitologia e Micologia, Núcleo de Enteroparasitas, São Paulo, SP
  • Herminia Yohko Kanamura Universidade Federal de Alfenas, Instituto de Ciências Biomédicas, Departamento de Patologia e Parasitologia, Alfenas, MG
Palavras-chave: esquistossomose, vigilância epidemiológica, migrantes

Resumo

Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de contribuir com a vigilância da esquistossomose, no âmbito da Superintendência Regional de Saúde de Alfenas, MG, na mesorregião Sul/Sudoeste do estado, considerada não endêmica para a esquistossomose, ao contrário de outras áreas ao norte e nordeste do estado. Durante o ano de 2015, os escolares e migrantes de dois municípios dessa região, Arceburgo e Guaranésia, foram submetidos aos inquéritos parasitológico e sorológico. No inquérito parasitológico, nenhum caso de esquistossomose foi detectado em Arceburgo. Em Guaranésia, ovos de S. mansoni foram detectados entre os migrantes, com taxa de positividade de 13,6% (9/66), e em um único estudante. Sete membros da família, classificada como moradora de Guaranésia, mas determinada como oriunda de Timbaúba, PE quando investigada pela vigilância epidemiológica, foram também positivos para S. mansoni. No inquérito sorológico, a positividade para esquistossomose foi de 18,5% entre os migrantes de Guaranésia. Em relação às demais parasitoses, as taxas de positividade variaram de 12,5% a 32,3%. Os resultados sugerem diferenças em relação ao risco de exposição a S. mansoni e a importância da vigilância epidemiológica, mesmo em áreas não endêmicas, com foco nos migrantes, quando estes são oriundos de regiões endêmicas para esquistossomose.
Publicado
2017-01-01
Como Citar
Souza, R. L. M., Gargioni, C., Siqueira, R. V., Silva, R. M. da, Pinto, P. L. S., & Kanamura, H. Y. (2017). Aspectos epidemiológicos da esquistossomose em área do sudoeste de Minas Gerais, Brasil. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 76, 1-10. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33543
Seção
ARTIGO ORIGINAL