Desempenho da cultura líquida MGIT após implementação em uma rede de laboratórios públicos do estado de São Paulo

  • Heloisa da Silveira Paro Pedro Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de São José do Rio Preto, SP
  • Andrea Gobetti Vieira Coelho Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de Santos, SP
  • Susilene Maria Tonelli Nardi Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de São José do Rio Preto, SP
  • Gleize Vilela Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de Campinas, SP
  • Jaqueline Otero Silva Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de Ribeirão Preto, SP
  • Ana Carolina Chiou Nascimento Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de Santos, SP
  • Leonilda Chiare Galle Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de Presidente Prudente, SP
  • Dalva Cristina Girello Aily Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de Rio Claro, SP
  • Regina Ruivo Ferro e Silva Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de Santo Andre, SP
  • Maria de Lourdes Matsuura Shikawa Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de Sorocaba, SP
  • Andrea Resende Leite Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de Taubate, SP
  • Mara Aparecida Garnica Suaiden Instituto Adolfo Lutz, Centro do Laboratório Regional de Bauru, SP
  • Lucilaine Ferrazoli Instituto Adolfo Lutz, Laboratório Central, Centro de Bacteriologia, Núcleo de Tuberculose e Micobacterioses, São Paulo, SP
Palavras-chave: tuberculose, Mycobacterium tuberculosis, cultura líquida, MGIT, fator corda

Resumo

A OMS, em 2007, recomendou a implementação da cultura líquida para o diagnóstico da tuberculose (TB) e teste de sensibilidade para países de baixa e média renda. Neste estudo foi avaliado o desempenho da cultura líquida MGIT em condição de rotina após dois anos de implantação em uma rede de laboratórios públicos. Foi efetuada análise retrospectiva de dados da cultura líquida, realizadas em dez laboratórios regionais do Instituto Adolfo Lutz, de janeiro a março de 2010. Foram incluídas amostras submetidas a baciloscopia, cultura líquida MGIT automatizada ou manual e identificação presuntiva do complexo Mycobacterium tuberculosis (CMTB). Foram detectadas 1.159 culturas positivas. Destas, 113 (9,7%) contaminaram, e 1.046 foram analisadas, sendo 850 (81,3%) CMTB, 116 (11,1%) micobactérias não tuberculosas e 6 (0,6%) Nocardia sp. A taxa de contaminação foi de 2,2% e o acréscimo da cultura para o diagnóstico da TB foi de 29,9%. A média do tempo de detecção da cultura foi de 14,7 dias (DP+/- 11,7 dias). A acurácia da identificação presuntiva foi de 91,3%. A cultura líquida MGIT demonstrou ser excelente alternativa para efetuar diagnóstico da TB e das micobacterioses, em razão da rapidez possibilitando uma intervenção rápida e eficaz no tratamento.
Publicado
2017-01-01
Como Citar
Pedro, H. da S. P., Coelho, A. G. V., Nardi, S. M. T., Vilela, G., Silva, J. O., Nascimento, A. C. C., Galle, L. C., Aily, D. C. G., Ferro e Silva, R. R., Shikawa, M. de L. M., Leite, A. R., Suaiden, M. A. G., & Ferrazoli, L. (2017). Desempenho da cultura líquida MGIT após implementação em uma rede de laboratórios públicos do estado de São Paulo. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 76, 1-9. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33542
Seção
ARTIGO ORIGINAL