Caracterização da coqueluche na região centro-oeste do Estado de São Paulo, Brasil

  • André Martins Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de Marília, Núcleo de Ciências Biomédicas, Marília, SP
  • Salete França Porto Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de Marília, Núcleo de Ciências Biomédicas, Marília, SP
  • Claudia Regina Delafiori Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de Marília, Núcleo de Ciências Biomédicas, Marília, SP
  • Luciano Moura Martins Instituto Adolfo Lutz, Centro de Bacteriologia, Núcleo de Doenças Entéricas e Infecções por Patógenos Especiais, SP
  • Carlos Henrique Camargo Instituto Adolfo Lutz, Centro de Bacteriologia, Núcleo de Doenças Entéricas e Infecções por Patógenos Especiais, SP
  • Daniela Leite Instituto Adolfo Lutz, Centro de Bacteriologia, Núcleo de Doenças Entéricas e Infecções por Patógenos Especiais, SP
Palavras-chave: Bordetella pertussis, coqueluche, eletroforese em gel de campo pulsado, PCR em tempo real

Resumo

A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa causada por Bordetella pertussis. Este estudo caracterizou a positividade de B. pertussis e as cepas isoladas em municípios da Região Centro-Oeste do Estado de São Paulo de 2010 a 2014. Foram coletados 597 esfregaços nasofaríngeos de pacientes e contatos suspeitos de coqueluche, e analisados por cultura e Real-Time PCR (qPCR). Os isolados de B. pertussis obtidos de cultura foram caracterizados por sorotipagem e eletroforese em gel de campo pulsado. Considerando-se a cultura e/ou qPCR, verificou-se taxa de positividade de 19,6%. Das 117 amostras positivas para B. pertussis, 23 foram detectadas por ambos os métodos, 89 apenas por qPCR e cinco apenas na cultura. Foram detectadas cepas de sorotipos FIM3 (40%), FIM2,3 (32%) e FIM2 (28%). Cinco pulsotipos foram detectados pela PFGE, e 48% identificados como BP.Xba.0039, o tipo predominante neste estudo. Entre as cepas positivas, 50% foram isoladas de crianças menores de dois meses e 17% isoladas da faixa etária de três a seis meses. Crianças não vacinadas ou com esquema de vacinação incompleta têm maior risco de complicações e óbito, o que ressalta a importância do monitoramento contínuo desta infecção para futuras estratégias de controle.
Publicado
2017-01-01
Como Citar
Martins, A., Porto, S. F., Delafiori, C. R., Martins, L. M., Camargo, C. H., & Leite, D. (2017). Caracterização da coqueluche na região centro-oeste do Estado de São Paulo, Brasil. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 76, 1-7. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33541
Seção
ARTIGO ORIGINAL