Adaptação do Ecomapa proposto no Modelo Calgary para avaliação socioambiental de parasitoses intestinais em crianças de creches filantrópicas

  • Guilherme Sgobbi Zagui Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Laboratório de Ecotoxicologia e Parasitologia Ambiental, Ribeirão Preto, SP
  • Brisa Maria Fregonesi Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Laboratório de Ecotoxicologia e Parasitologia Ambiental, Ribeirão Preto, SP
  • Thaís Vilela Silva Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Laboratório de Ecotoxicologia e Parasitologia Ambiental, Ribeirão Preto, SP
  • Carolina Sampaio Machado Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Laboratório de Ecotoxicologia e Parasitologia Ambiental, Ribeirão Preto, SP
  • Gabriel Pinheiro Machado Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Laboratório de Ecotoxicologia e Parasitologia Ambiental, Ribeirão Preto, SP
  • Fabiana Cristina Julião Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Laboratório de Ecotoxicologia e Parasitologia Ambiental, Ribeirão Preto, SP
  • Karina Aparecida de Abreu Tonani Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Laboratório de Ecotoxicologia e Parasitologia Ambiental, Ribeirão Preto, SP
  • Susana Inês Segura-Muñoz Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Laboratório de Ecotoxicologia e Parasitologia Ambiental, Ribeirão Preto, SP
Palavras-chave: doenças parasitárias, criança, creches, modelos epidemiológicos, indicadores

Resumo

Os objetivos do estudo foram avaliar a frequência de enteroparasitos em crianças de creches filantrópicas e adaptar um diagrama de Ecomapa para avaliar as condições socioambientais envolvidas. Um total de 151 amostras de fezes, coletadas de 66 crianças de dois a seis anos de idade foram analisadas por meio de técnicas de Hoffman, Pons e Janer (HPJ), e de Faust e colaboradores. Um questionário estruturado foi aplicado aos responsáveis pelas crianças, e um Ecomapa foi adaptado para avaliar as interações entre as crianças parasitadas e os condicionantes socioambientais. Enteroparasitos patogênicos (Ascaris lumbricoides, Balantidium coli, Giardia lamblia e Strongyloides stercoralis) e não patogênicos (Chilomastix mesnili, Endolimax nana, Entamoeba coli e Iodamoeba butschilii) foram identificados, acometendo 37,9 % das crianças. Com o Ecomapa observaram-se fortes correlações dos parâmetros avaliados (renda familiar, higiene alimentar e pessoal, escolaridade dos responsáveis, contato com animais domésticos e interpessoal) com as crianças parasitadas. O parasito Giardia lamblia foi o de maior frequência e a adaptação do Ecomapa permitiu efetuar a avaliação dos principais condicionantes envolvidos. Diante do exposto é necessário implementar o programa de educação em saúde no ambiente escolar que estimulem os hábitos de higiene alimentar e pessoal, como atividades de prevenção e controle de parasitos.
Publicado
2017-01-01
Como Citar
Zagui, G. S., Fregonesi, B. M., Silva, T. V., Machado, C. S., Machado, G. P., Julião, F. C., Tonani, K. A. de A., & Segura-Muñoz, S. I. (2017). Adaptação do Ecomapa proposto no Modelo Calgary para avaliação socioambiental de parasitoses intestinais em crianças de creches filantrópicas. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 76, 1-10. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33540
Seção
ARTIGO ORIGINAL