Ocorrência de fungos e aflatoxinas do tipo B em castanhas e produtos comercializados no Nordeste brasileiro

  • Mariana de Freitas Moreira Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde, Laboratório de Bioquímica Humana, Fortaleza, CE
  • Tatiane Rodrigues de Oliveira Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde, Laboratório de Bioquímica Humana, Fortaleza, CE
  • Ícaro Gusmão Pinto Vieira Universidade Federal do Ceará, Parque de Desenvolvimento Tecnológico
  • Francisco das Chagas Oliveira Freire Embrapa Agroindústria Tropical
  • Sabrina César da Silva Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde, Laboratório de Bioquímica Humana, Fortaleza, CE
  • Luzara de Matos Ribeiro Universidade Federal do Ceará, Parque de Desenvolvimento Tecnológico
  • Maria Izabel Florindo Guedes Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde, Laboratório de Bioquímica Humana, Fortaleza, CE
Palavras-chave: castanha-do-Brasil, amendoim, aflatoxinas, cromatografia em camada delgada

Resumo

A contaminação por aflatoxinas tem sido considerada um problema de saúde pública principalmente em países tropicais, incluindo o Brasil. Com o intuito de investigar a presença de aflatoxinas do tipo B em produtos comercializados na cidade de Fortaleza, 23 amostras foram analisadas por meio de cromatografia em camada delgada. Os fungos visivelmente presentes em alimentos foram identificados de acordo com suas características macroscópicas e microscópicas. A contaminação por aflatoxina foi detectada em 8,7 % das 23 amostras analisadas; e 12,5 % das amostras de castanha-do-Brasil apresentaram positividade para AFB1 (<8 μg/kg) e para AFB2 com taxa de contaminação acima do valor permitido (16 μg/kg). Quanto às amostras de amendoim, 33,3 % apresentaram positividade para AFB1 e AFB2, também com nível de contaminação (317,1 μg/kg) acima do preconizado pela ANVISA. O isolamento e a caracterização morfológica dos fungos encontrados principalmente nas castanhas-do-Brasil com casca revelaram a presença das espécies: Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Mucor sp, Cladosporium sphaerospermum, Cladosporium cladosporoides, Fusarium sp, Aspergillus terreus e bactérias do filo Actinomicetos. Estes resultados demonstram que há necessidade de fiscalização mais efetiva da qualidade dos alimentos oferecidos aos consumidores.
Publicado
2016-12-01
Como Citar
Moreira, M. de F., Oliveira, T. R. de, Vieira, Ícaro G. P., Freire, F. das C. O., Silva, S. C. da, Ribeiro, L. de M., & Guedes, M. I. F. (2016). Ocorrência de fungos e aflatoxinas do tipo B em castanhas e produtos comercializados no Nordeste brasileiro. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 75, 01-06. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33524
Seção
COMUNICAÇÃO BREVE