Avaliação de anticorpos monoclonais como marcadores diferenciais de meningites bacterianas e virais por meio de técnica imuno-histoquímica

  • Thaís Regina Brienza Lataro Instituto Adolfo Lutz, Centro de Imunologia, São Paulo, SP
  • Cristina Takami Kanamura Instituto Adolfo Lutz, Laboratório de Imuno-histoquímica, Núcleo de Anatomia Patológica, Centro de Patologia, São Paulo, SP
  • Cinthya dos Santos Cirqueira Instituto Adolfo Lutz, Laboratório de Imuno-histoquímica, Núcleo de Anatomia Patológica, Centro de Patologia, São Paulo, SP
  • Silvia D’Andretta Iglezias Instituto Adolfo Lutz, Laboratório de Imuno-histoquímica, Núcleo de Anatomia Patológica, Centro de Patologia, São Paulo, SP
  • Elizabeth de Gaspari Instituto Adolfo Lutz, Centro de Imunologia, São Paulo, SP
Palavras-chave: Neisseria meningitidis, anticorpos monoclonais, imuno-histoquímica

Resumo

Desde 1996, o Laboratório de Anticorpos Monoclonais, Antígenos e Adjuvantes - Centro de Imunologia do Instituto Adolfo Lutz (CI-IAL) tem desenvolvido trabalhos na caracterização antigênica de cepas de Neisseria meningitidis utilizando-se painel de anticorpos monoclonais (AcMo) pré-estabelecido, e produção de novos monoclonais para a análise de cepas com perfis desconhecidos. AcMo foram obtidos das diferentes fusões realizadas no laboratório utilizando-se células esplênicas e linfonodos poplíteos. Dois hibridomas murinos secretores de AcMo anti-N. meningitidis produzidos e caracterizados no CI-IAL têm sido avaliados por meio de estudo imuno-histoquímico (IHQ) no Centro de Patologia-Laboratório de Imunohistoquímica-IAL. Com a padronização da reação, estabeleceu-se um protocolo para efetuar a pesquisa de antígenos de N. meningitidis por IHQ. Houve melhoria no diagnóstico histopatológico da meningite meningocócica, sobretudo em situações em que não há confirmação da presença do microorganismo por técnicas biomoleculares, como PCR, utilizando-se AcMo específicos para antígenos de diferentes sorogrupos, sorotipos e subtipos de N. meningitidis. O resultado obtido nos primeiros testes mostrou-se promissor, e os dois AcMo demonstraram excelentes resultados. Não houve reatividade cruzada com meningite viral, S. pneumoniae, Rickettsia ou rubéola. Nos próximos estudos, é fundamental ampliar número de amostras, incluindo-se aquelas coletadas de pacientes com meningites meningocócicas e de indivíduos infectados com outros agentes patogênicos.
Publicado
2016-10-25
Como Citar
Lataro, T. R. B., Kanamura, C. T., Cirqueira, C. dos S., Iglezias, S. D., & Gaspari, E. de. (2016). Avaliação de anticorpos monoclonais como marcadores diferenciais de meningites bacterianas e virais por meio de técnica imuno-histoquímica. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 75, 01-07. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33522
Seção
COMUNICAÇÃO BREVE