Validação de método de PCR para detecção de micoplasmas no controle de qualidade da vacina de Febre Amarela

  • Rafael Lawson-Ferreira Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Controle de Qualidade, Rio de Janeiro, RJ
  • João Pedro Sousa Santos Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ
  • Danilo Parmera Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
  • Rosane Cuber Guimarães Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
  • Joyce Brito de Carvalho Coelho Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
  • Simone Cascardo Frota Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
  • Josiane Machado Vieira Mattoso Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
  • Carina Cantelli Pacheco de Oliveira Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
  • Darcy Akemi Hokama Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
  • Ivano de Filippis Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Controle de Qualidade, Rio de Janeiro, RJ
  • Elmiro Rosendo do Nascimento Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ
  • Elena Cristina Caride Fundação Instituto Oswaldo Cruz, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Rio de Janeiro, RJ
Palavras-chave: micoplasmas, PCR, vacina, febre amarela

Resumo

Dentre as vacinas produzidas por Bio-Manguinhos, um importante centro de produção de imunobiológicos da América Latina, destaca-se a vacina de febre amarela (FA) que é produzida em ovos embrionados. Para garantir a excelência e a segurança da vacina, testes de controle de qualidade são realizados durante a produção. A Organização Mundial de Saúde (OMS) exige dos produtores a ausência de Mycoplasma orale, M. pneumoniae, M. gallisepticum e M. synoviae em produtos biológicos. Micoplasmas são micro-organismos fastidiosos, sendo necessários 35 dias para que os testes de cultura sejam conclusivos. Neste estudo foram selecionados métodos de amplificação de fragmentos do gene 16SrRNA para detecção de micoplasmas em produtos intermediários da vacina de FA. Esta metodologia padronizada foi capaz de detectar baixas concentrações de micoplasmas nos produtos intermediários e a ausência de amplificação inespecífica foi demonstrada. Olimite de detecção variou entre 3,1 e 12,5 unidades formadoras de colônia; e nas amostras testadas a sensibilidade e a especificidade foram de 100 %. Oprotocolo de PCR para detecção de micoplasmas na vacina foi validado pela análise de 286 amostras. Bio-Manguinhos produz 10.000.000 doses de vacina de febre amarela por ano e, desde 2008, este método tem sido empregado com sucesso, complementando-se a abordagem tradicional.
Publicado
2016-10-25
Como Citar
Lawson-Ferreira, R., Santos, J. P. S., Parmera, D., Guimarães, R. C., Coelho, J. B. de C., Frota, S. C., Mattoso, J. M. V., Oliveira, C. C. P. de, Hokama, D. A., Filippis, I. de, Nascimento, E. R. do, & Caride, E. C. (2016). Validação de método de PCR para detecção de micoplasmas no controle de qualidade da vacina de Febre Amarela. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 75, 01-13. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/33519
Seção
ARTIGO ORIGINAL