Astaxantina: seu uso como corante natural alimentício

  • Micheli de Moraes Ferreira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Tecnologia, Departamento de Tecnologia de Alimentos, Seropédica, RJ
  • Helena Pereira da Silva Zamith Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Departamento de Farmacologia e Toxicologia, Rio de Janeiro, RJ
  • Shirley Abrantes Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Departamento de Química, Rio de Janeiro, RJ
Palavras-chave: salmão, carotenoide, alimento

Resumo

A cor e a aparência dos alimentos são os primeiros atributos fundamentais, se não os mais importantes a serem avaliados pelos consumidores no momento da sua aquisição. Os alimentos podem ser mais nutritivos, seguros e econômicos, no entanto, se não forem atraentes, sua aquisição não ocorrera. O salmão e basicamente um peixe branco que se torna rosado pela ingestão do camarão. O pigmento vermelho armazenado presente no musculo ou na casca do camarão e que se acumula no tecido adiposo e adquirido pela ingestão das algas e dos organismos unicelulares pelos camarões do mar. Os carotenoides utilizados nas industrias alimentícia, farmacêutica, de cosméticos e de ração são corantes naturais responsáveis pelas cores amarela, laranja e vermelha. O salmão criado em aquicultura não tem acesso aos organismos citados acima, entretanto e adicionada a sua ração a astaxantina (ATX), substancia que confere a cor rosada a sua carne. A ATX (3,3'-dihidroxi-beta,beta-caroteno-4,4'-diona) e um pigmento carotenoide oxigenado, que confere a característica de coloração rosa-avermelhada a alguns peixes, crustáceos, aves e microrganismos. A ATX apresenta potente atividade na eliminação de radicais livres e na proteção quanto a peroxidação de lipídios e quanto aos danos causados pela oxidação das membranas celulares e de tecidos.
Publicado
2015-10-01
Como Citar
Ferreira, M. de M., Zamith, H. P. da S., & Abrantes, S. (2015). Astaxantina: seu uso como corante natural alimentício. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 73(1), 1-8. https://doi.org/10.18241/0073-98552014731584
Seção
ARTIGO DE REVISÃO