Avaliação da qualidade da carne-de-sol produzida artesanalmente

  • Teresa Emanuelle Pinheiro Gurgel Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Departamento de Ciências Animais, Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Mossoró, RN
  • Maria Gilnara Lima Bandeira Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Departamento de Ciências Animais, Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Mossoró, RN
  • Maria Rociene Abrantes Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Departamento de Ciências Animais, Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Mossoró, RN
  • Êlika Suzianny de Sousa Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Departamento de Ciências Animais, Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Mossoró, RN
  • Kalianne da Silva Silvestre Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Departamento de Ciências Animais, Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Mossoró, RN
  • Sidnei Miyoshi Sakamoto Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Departamento de Ciências Animais, Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Mossoró, RN
  • Jean Berg Alves da Silva Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Departamento de Ciências Animais, Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Mossoró, RN
Palavras-chave: condições sanitárias, S. aureus, Salmonella spp., bactérias halofílicas, antibiograma

Resumo

Neste estudo foram avaliados os parâmetros de qualidade da carne-de-sol produzida artesanalmente e comercializada no Rio Grande do Norte. Foram coletadas 80 amostras de carne-de-sol, sendo 44 de feiras livres ou mercados públicos e 36 de supermercados ou frigoríficos em cinco cidades do Rio Grande do Norte. As amostras foram submetidas as analises físico-químicas (pH, atividade de agua, cinzas e umidade) e microbiologicas (Salmonella spp., coliformes termotolerantes e bactérias halofilicas e Staphylococcus aureus); e as cepas de S. aureus foram submetidas ao teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA). Um total de 96,25 % das amostras apresentaram contagem microbiana maior do que o permitido pela legislação brasileira para contagem de S. aureus (μ=4,81LogUFC/g, em 78,75 % das amostras), Salmonella spp. (presença em 25 % das amostras) e coliformes termotolerantes (μ = 2,36 LogNMP/g, em 63,75 % das amostras). Quanto ao TSA das cepas de S. aureus, 22,5 % apresentaram resistência a gentamicina e para penicilina G, tetraciclina e cloranfenicol foram, respectivamente, 100 %, 67,5 % e 46,26 %. Nas analises físico-químicas, o pH (μ = 5,702) e a Aa (μ = 0,868) não constituíram barreiras eficazes contra o crescimento microbiano, o que constata que a carne de sol produzida e comercializada na região estudada apresenta-se impropria para o consumo de acordo com a legislação brasileira.
Publicado
2015-09-30
Como Citar
Gurgel, T. E. P., Bandeira, M. G. L., Abrantes, M. R., Sousa, Êlika S. de, Silvestre, K. da S., Sakamoto, S. M., & Silva, J. B. A. da. (2015). Avaliação da qualidade da carne-de-sol produzida artesanalmente. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 73(2), 208-213. https://doi.org/10.18241/0073-98552014731606
Seção
ARTIGO ORIGINAL

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