Células atípicas de Cryptococcus neoformans var. neoformans observadas em líquido cefalorraquidiano

  • Regina C. Paschoal Instituto Adolfo Lutz, Laboratório I de Santos, SP
  • Márcia S. C. Melhem Instituto Adolfo Lutz Central, São Paulo, SP
  • Tamara Guelli Instituto Adolfo Lutz Central, São Paulo, SP
  • Maria Walderez Szeszs Instituto Adolfo Lutz Central, São Paulo, SP
Palavras-chave: células atípicas, Cryptococcus neoformans, morfologia

Resumo

Muitos fungos patogênicos apresentam morfologias diferentes nas formas parasíticas e saprofíticas. Essas leveduras podem apresentar morfologias diversas como hifas curtas e aberrantes, formas gigantes em pus fresco, abscesso cerebral, cortes histológicos e presença de cápsula espessa geralmente no sorotipo B em tecidos. No presente relato é descrito o caso de um homem de 39 anos de idade, solteiro e HIV positivo, com os seguintes sintomas clínicos: candidíase oral, tuberculose pulmonar, insuficiência cardíaca, meningite por Corynebacterium sp e neurocriptococose por C. neoformans var. neoformans. O paciente foi tratado com anfotericina B durante 45 dias, com dose total de 1960mg. Foram observadas e isoladas do líquido cefalorraquidiano (LCR) células atípicas de C. neoformans de diferentes tamanhos e formas de blastoconídios. O exame direto do LCR em tinta da China apresentou células ovóides, ramificadas, com pseudo-hifas envolvidas por uma fina cápsula. A variedade foi identificada como C. neoformans var. neoformans. O teste de suscetibilidade aos antifúngicos realizados segundo a técnica de EUCAST indicou que a cepa isolada era sensível a: anfotericina B (Concentração Inibitória Mínima - MIC = 0,12μg/mL), Fluconazol (2μg/mL) e itraconazol (0,06μg/mL). Os relatos anteriores sobre leveduras atípicas descrevem a ocorrência de blastoconídios múltiplos e irregulares em materiais biológicos humanos.
Publicado
2007-01-01
Como Citar
Paschoal, R. C., Melhem, M. S. C., Guelli, T., & Szeszs, M. W. (2007). Células atípicas de Cryptococcus neoformans var. neoformans observadas em líquido cefalorraquidiano. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 66(1), 78-80. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32854
Seção
RELATO DE CASO