Avaliação da deficiência de riboflavina em gestantes de uma instituição pública da cidade de São Paulo, SP, Brasil

  • Marilena Oshiro Instituto Adolfo Lutz, Divisão de Patologia, São Paulo
  • Karen Miguita
  • Raimundo Antônio Gomes Oliveira Universidade Federal do Maranhão, São Luis, MA
  • Lorena Kessia de Figueiredo Silva Fonseca Universidade de São Paulo, Pós-Graduanda da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, São Paulo, SP
  • Orlando César de Oliveira Barretto Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, São Paulo, SP
Palavras-chave: desnutrição, Riboflavina, gestantes, deficiência, glutationa redutase

Resumo

Neste estudo prospectivo foi avaliado o estado nutricional em riboflavina nas parturientes que faziam uso da suplementação vitamínica de variadas concentrações de riboflavina, bem como naquelas que não fizeram uso de qualquer suplementação durante o período gestacional. O recurso utilizado para a avaliação nutricional foi a determinação do coeficiente de ativação da glutationa redutase (CA-GRE). Os valores de CA-GRE acima de 1,5 foram considerados como indicativos de deficiência de riboflavina. Foram analisados quatro grupos de gestantes: 123 parturientes sem suplementação vitamínica; 25 que utilizaram formulação contendo de 2,5 a 3,5mg de riboflavina; 63 parturientes que utilizaram fármacos contendo 1,0 a 1,7mg de riboflavina e o quarto grupo constituído de 22 mulheres que receberam formulação contendo < 0,85mg de riboflavina. O grupo de parturientes que apresentou menor índice de deficiência de riboflavina foi aquele que fez o uso da suplementação vitamínica com as taxas entre 2,5 a 3,5mg de vitamina B2. Os demais grupos, com a inclusão daquele que não complementou a dieta com suplementação vitamínica, apresentaram índices de deficiências bem maiores. Esses achados indicam que as quantidades de riboflavina apresentadas nesses fármacos, bem como na dieta alimentar, foram insuficientes para atingir níveis bioquímicos semelhantes ao do grupo controle. No geral, foi encontrada uma incidência de deficiência de riboflavina de 64,4%, o que permite sugerir que a arriboflavinose é um importante problema de Saúde Pública na cidade de São Paulo.
Publicado
2007-04-01
Como Citar
Oshiro, M., Miguita, K., Oliveira, R. A. G., Fonseca, L. K. de F. S., & Barretto, O. C. de O. (2007). Avaliação da deficiência de riboflavina em gestantes de uma instituição pública da cidade de São Paulo, SP, Brasil. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 66(2), 201-205. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32833
Seção
ARTIGO ORIGINAL