Campanha de prevenção de câncer cervical: estudos no Instituto Adolfo Lutz mostram a necessidade de avaliação na faixa etária

  • Daniela Etlinger Instituto Adolfo Lutz, Divisão de Patologia, São Paulo, SP
  • Sonia Maria Miranda Pereira Instituto Adolfo Lutz, Divisão de Patologia, São Paulo, SP
  • Koki Fernando Oikawa Instituto Adolfo Lutz, Divisão de Patologia, São Paulo, SP
  • Antonio Carlos Marin Instituto Adolfo Lutz, Divisão de Patologia, São Paulo, SP
  • Rosangela Santos de Araújo Instituto Adolfo Lutz, Divisão de Patologia, São Paulo, SP
  • Cleusa de Jesus de Souza Instituto Adolfo Lutz, Divisão de Patologia, São Paulo, SP
  • Luzia Setuko Umeda Yamamoto Instituto Adolfo Lutz, Divisão de Patologia, São Paulo, SP
Palavras-chave: lesão intraepitelial cervical, faixa etária, método de Papanicolaou, amostras cervicais

Resumo

O objetivo deste estudo foi identificar a faixa etária das mulheres atendidas nas Unidades de Saúde do Estado de São Paulo, que apresentaram lesão intraepitelial de alto grau e neoplasia cervical, e, também, avaliar se a faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde em campanhas de rastreamento é adequada. Foram analisados os resultados de 30.910 amostras cérvico-vaginais colhidas e analisadas pelo Método de Papanicolaou. Das 14.779 amostras cérvico-vaginais de mulheres da faixa etária <34 anos, 841 (5,7%) apresentaram alterações epiteliais atípicas (AEA); destas, em 74 (8,8%) o diagnostico foi de lesão intraepitelial de alto grau (HSIL), 38 (4,5%) de células escamosas atípicas em que não pode excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H) e em 369 (43,9%) houve ocorrência de lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL). Entre as amostras cérvico-vaginais de 9.710 mulheres da faixa etária de 35-49 anos, 442 (4,6%) foram diagnosticadas como AEA, destas, 41 (9,3%) eram HSIL, 29 (6,3%) ASC-H, 94 (21,2%) de LSIL e 2 (0,5%) carcinomas. Das 6.421 amostras cérvico-vaginais de mulheres da faixa etária >50 anos 327(5,1%) foram diagnosticados como AEA; destas, 35 (10,7%) apresentaram HSIL, 23 (7,0%) ASC-H, 26 (8,0%) LSIL, e 8 (2,4%) carcinomas. Os achados mostram que há necessidade de especial atenção às mulheres jovens e adolescentes nos Programas de Rastreamento para Prevenção de Câncer Cervical.
Publicado
2008-01-01
Como Citar
Etlinger, D., Pereira, S. M. M., Oikawa, K. F., Marin, A. C., Araújo, R. S. de, Souza, C. de J. de, & Yamamoto, L. S. U. (2008). Campanha de prevenção de câncer cervical: estudos no Instituto Adolfo Lutz mostram a necessidade de avaliação na faixa etária. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 67(1), 64-68. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32792
Seção
ARTIGO ORIGINAL

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