Resistência a oxacilina em Staphylococcus spp isolado de leite mastítico

  • Cristiane Matoso Diniz Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Laboratório de Biotecnologia Animal e Aplicada, Uberlândia, MG
  • Roberta Torres de Melo Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Laboratório de Biotecnologia Animal e Aplicada, Uberlândia, MG
  • Eliane Pereira Mendonça Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Laboratório de Biotecnologia Animal e Aplicada, Uberlândia, MG
  • Letícia Ríspoli Coelho Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Laboratório de Biotecnologia Animal e Aplicada, Uberlândia, MG
  • Belchiolina Beatriz Fonseca Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberlândia, MG
  • Daise Aparecida Rossi Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Laboratório de Biotecnologia Animal e Aplicada, Uberlândia, MG
Palavras-chave: oxacilina, mastite bovina, mecA, Staphylococcus spp

Resumo

A mastite ocupa lugar de destaque entre as doenças que acometem o rebanho leiteiro, em virtude de problemas econômicos e de saúde pública. Staphylococcus spp são os agentes infecciosos mais envolvidos na etiologia da doença. Staphylococcus spp resistentes à oxacilina, isolados de amostras de leite provenientes de animais com histórico de mastite recorrente, foram analisadas utilizando-se os testes de difusão em gel, ágar de triagem, concentração mínima inibitória (CMI) e pesquisa do gene mecA. De 134 amostras de leite analisadas, Staphylococcus spp foi isolado em 55,22% das amostras (74/134). O teste de difusão em disco demonstrou que a maioria dos isolados apresentaram multiresistência, sendo 51,35% (38/74) resistentes à oxacilina. Esse perfil foi confirmado em paralelo pela CMI e pelo ágar de triagem. A análise molecular demonstrou que 33,78% dos isolados (25/74) possuíam o gene mecA, sendo mais frequentemente isolado em Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase negativa, com índices de 48% (12/25) e 32% (8/25), respectivamente, seguido de S. intermedius com 16% (4/25) e de S. hyicus com 4% (1/25). O presente estudo denota o grave problema associado à Staphylococcus aureus resistente à oxacilina, bem como no meio rural, o que justifica a dificuldade de tratamento e a recorrência da infecção.
Publicado
2010-04-01
Como Citar
Diniz, C. M., Melo, R. T. de, Mendonça, E. P., Coelho, L. R., Fonseca, B. B., & Rossi, D. A. (2010). Resistência a oxacilina em Staphylococcus spp isolado de leite mastítico. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 69(4), 482-488. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32605
Seção
ARTIGO ORIGINAL