Ensaios de atividade antimicrobiana in vitro e mutagênica in vivo com extrato de Vernonia polyanthes Less (Assa-peixe)

  • Giovanna Vallim Jorgetto Universidade José do Rosário Vellano, Poços de Caldas, MG
  • Marcelo Fabiano Gomes Boriolo Universidade José do Rosário Vellano, Laboratório de Genética, Alfenas, MG
  • Lucimara Maria Silva Universidade José do Rosário Vellano, Laboratório de Genética, Alfenas, MG
  • Denismar Alves Nogueira Universidade José do Rosário Vellano, Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos, Alfenas, MG
  • Thiago Donizete da Silva José Universidade José do Rosário Vellano, Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos, Alfenas, MG
  • Grazielle Esteves Ribeiro Universidade José do Rosário Vellano, Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos, Alfenas, MG
  • Nelma de Mello Silva Oliveira Universidade José do Rosário Vellano, Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos, Alfenas, MG
  • João Evangelista Fiorini Universidade José do Rosário Vellano, Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microorganismos, Alfenas, MG
Palavras-chave: susceptibilidade antimicrobiana, mutagenicidade, Vernonia polyanthes Less, diferenciação celular, fitoterápicos

Resumo

Neste estudo foram analisados os efeitos do extrato hidroalcoólico de Vernonia polyanthes Less (Assa-peixe) sobre crescimento e diferenciação celular do protozoário Herpetomonas samuelpessoai, a susceptibilidade antimicrobiana in vitro, a dose letal média (DL50) e a mutagenicidade in vivo (teste do micronúcleo). A inibição do crescimento de H. samuelpessoai foi evidenciada, quando exposto às concentrações crescentes do extrato, embora sem aparecimento de forma diferenciada de opistomastigota, em percentual relevante. As linhagens-padrão de Bacillus cereus, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes e Salmonella Typhimurium mostraram halos de inibição quando expostas ao extrato de V. polyantes Less. Contudo, os efeitos bacteriostáticos foram observados em Bacilus cereus (180,1 mg/mL), Escherichia coli (72,04 mg/mL) e Proteus mirabilis (144,08 mg/mL). A avaliação mutagênica do extrato de V. polyanthes Less revelou ausência e moderado efeito clastogênico e/ou aneugênico, respectivamente, nas dosagens de 1000 e > 1500 mg/Kg, independentemente do tempo de tratamento (24/48 h) e do sexo do animal. Tais resultados foram sugestivos de ocorrência de toxicidade sistêmica, em virtude de aumento de eritrócitos normocromáticos na medula óssea dos camundongos, que também ocorreram independentemente da dose, gênero e tempo de tratamento. Contudo, a ausência de DL50 foi observada em todas as concentrações testadas (250-2000 mg/Kg).
Publicado
2011-01-01
Como Citar
Jorgetto, G. V., Boriolo, M. F. G., Silva, L. M., Nogueira, D. A., José, T. D. da S., Ribeiro, G. E., Oliveira, N. de M. S., & Fiorini, J. E. (2011). Ensaios de atividade antimicrobiana in vitro e mutagênica in vivo com extrato de Vernonia polyanthes Less (Assa-peixe). Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 70(1), 53-61. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32591
Seção
ARTIGO ORIGINAL