Qualidade microbiológica da água utilizada para consumo humano na região do extremo oeste de Santa Catarina, Brasil

  • Diane Scapin Universidade do Oeste de Santa Catarina, Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde,São Miguel do Oeste, SC
  • Eliandra Mirlei Rossi Universidade do Oeste de Santa Catarina, São Miguel do Oeste, SC
  • Débora Oro Universidade do Oeste de Santa Catarina, Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde,São Miguel do Oeste, SC
Palavras-chave: coliformes, contaminação, micro-organismos patogênicos

Resumo

No presente estudo, foi avaliada a qualidade microbiológica da água consumida pela população na região do extremo oeste do estado brasileiro de Santa Catarina. Essa região é essencialmente agrícola, com atividades de bovinocultura e suinocultura, fatores que podem influenciar na qualidade microbiológica da água – principalmente porque, muitas vezes, esses mananciais não são adequadamente protegidos e os dejetos são incorretamente descartados. Foram avaliadas 298 amostras de águas de diversas propriedades dessa região entre os anos de 2007 a 2010. As análises microbiológicas (coliformes totais e termotolerantes) foram realizadas pela técnica de fermentação em tubos múltiplos, conforme a metodologia prescrita pela APHA (1998), segundo a Instrução Normativa 62 de 26 de agosto de 2003, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Das 298 amostras avaliadas, 191 (64,1%) estavam impróprias para o consumo humano, conforme os padrões bacteriológicos estabelecidos pela portaria 518/2004 do Ministério da Saúde. Das amostras analisadas, 191 (64,1%) continham coliformes totais e 168 (56,4%) coliformes totais e termotolerantes. Esses resultados são preocupantes, e mostram a necessidade de ferramentas como a adoção de medidas preventivas e o tratamento adequado das águas comprometidas, para evitar a ocorrência de enfermidades de veiculação hídrica.
Publicado
2012-03-01
Como Citar
Scapin, D., Rossi, E. M., & Oro, D. (2012). Qualidade microbiológica da água utilizada para consumo humano na região do extremo oeste de Santa Catarina, Brasil. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 71(3), 593-596. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32469
Seção
COMUNICAÇÃO BREVE