Avaliação da concentração de flúor nas águas de abastecimento público: estudo retrospectivo e de heterocontrole

  • Cecilia Cristina Marques dos Santos Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de São José do Rio Preto, Núcleo de Ciências Químicas e Bromatológicas, São José do Rio Preto, SP
  • Júlio César da Silva Rodrigues Centro Universitário de Rio Preto, São José do Rio Preto, SP
  • Maria do Rosário Vigeta Lopes Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de São José do Rio Preto, Núcleo de Ciências Químicas e Bromatológicas, São José de Rio Preto, SP
  • Rodrigo Friozi Povinelli Instituto Adolfo Lutz, Centro de Laboratório Regional de São José do Rio Preto, Núcleo de Ciências Químicas e Bromatológicas, São José de Rio Preto, SP
  • André Luiz Marçal Terreri União de Ensino do Sudoeste do Paraná, Francisco Beltrão, PR
Palavras-chave: água de abastecimento, fluoretação, cárie dentária, vigilância sanitária, controle interno-externo, heterocontrole

Resumo

Neste estudo, foram feitas retrospectivamente três análises: (1) avaliação da concentração de flúor, na forma de fluoreto (F-), nas águas de abastecimento público de São José do Rio Preto (SJRP) (SP), de janeiro de 2003 a agosto de 2011, cuja análise foi efetuada por potenciometria com íon seletivo; (2) avaliação da concentração de flúor nas águas provenientes dos bebedouros das escolas municipais de Nova Aliança (NA) (SP), de agosto de 2010 a agosto de 2011, utilizando-se os princípios do heterocontrole; e (3) avaliação da variabilidade da fluoretação sob a óptica do benefício (máxima redução da cárie dentária) e do risco (ocorrência de fluorose dental). Os resultados obtidos apontaram que houve falhas na fluoretação. Em SJRP e em NA, respectivamente, apenas 53% e 23% das amostras apresentaram níveis de F- legalmente aceitos. Considerando-se a combinação de benefício máximo e risco baixo, enquadraram-se 56% das amostras de SJRP e 32% das amostras de NA. Este estudo apontou que os princípios do heterocontrole foram fundamentais para efetuar a identificação de falhas na fluoretação, pois, para que se tenha máxima eficiência, o nível de flúor deve manter-se no denominado “nível ótimo” e de forma ininterrupta por longos períodos.
Publicado
2012-03-01
Como Citar
Santos, C. C. M. dos, Rodrigues, J. C. da S., Lopes, M. do R. V., Povinelli, R. F., & Terreri, A. L. M. (2012). Avaliação da concentração de flúor nas águas de abastecimento público: estudo retrospectivo e de heterocontrole. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 71(3), 507-513. Recuperado de https://periodicoshomolog.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/32458
Seção
ARTIGO ORIGINAL